domingo, dezembro 17, 2006





Por esta hoje, é que elas não esperavam certamente!
Ontem fiz por aqui um serãozinho e descobri algo maravilhoso -- quanto a mim, claro -- que sei ser também do agrado das minhas filhotas.
Vai daí, como sei que elas vêm aqui cuscar as "tretas" da mamã -- aqui lhes deixo esta pequena maravilha do Alexei Yagudin!

Aqui vai meninasssss!!!!!!!

http://www.youtube.com/watch?v=A5qh0nBB2QM

http://www.youtube.com/watch?v=d99jVWF5kxA

Maravilhaaaaa!!!!

http://www.youtube.com/watch?v=5fFGcDAZ5sg

http://www.youtube.com/watch?v=3-43UIojqg8

Byeeee meninas! Deixo-vos este docinho também:

http://www.youtube.com/watch?v=HjAttvrHfh4

UM BOM DOMINGO!!!!!





terça-feira, dezembro 12, 2006



Já agora, por falar em mangas...hoje comprei o último livro do José Eduardo Agualusa: PASSAGEIROS EM TRÂNSITO.

O que têm as mangas a ver com o livro...?!



" -- Tudo o que é mato engorda.

Concordo. Veja bem: as mangas. Durante um mês, enquanto atravessei o Congo, comi apenas mangas. Só o perfume das mangas, se forem doces, já alimenta.
Isso ou um canavial a arder. Goiabas maduras. Também se pode sobreviver muito tempo comendo unicamente milho ou feijão. Um homem em andamento não morre de fome. Entrei em Angola, pedalando esta bicicleta. Não sabia que o país estava em guerra.
É como lhe disse, acredite em mim, não leio os jornais, e quando leio passo por alto a política. A política não me interessa. Vim descendo uma estrada imensa. Estranhei não haver um carro. Ninguém naquela estrada. Quando cheguei a Luanda disseram-me que a estrada estava minada, que há anos não passava ninguém por ali, e quiseram saber como é que eu conseguira evitar as minas.
Encheram-me de perguntas. Respondi-lhes: sobrevivi porque não sabia que havia minas. Se soubesse não teria conseguido. (...)

Em determinada altura, numa longa descida, vi soldados agachados em ambas as margens da estrada. Quando dei por eles já era demasiado tarde para parar. Não parei. Cumprimentei-os, "bons dias, bons dias" e continuei.
Ficaram ali, de olhos muito abertos, a verem-me passar.
Fui depois de Luanda até Benguela e de Benguela ao Lubango. A seguir desci a serra e entrei no deserto. Na primeira noite dei com um acampamento de pastores. (...)

Quando sinto que me começo a afeiçoar a um lugar, despeço-me e vou-me embora. Quem não ama não sofre. Quem nada tem, não tem nada a perder. É o que penso."



segunda-feira, dezembro 11, 2006



Estamos em época de doces!
Não, não é a dos doces festivos deste mês...
Falo mesmo da época fria, em que nos apetece estar à lareira
tomando um cházinho com algo doce!
Estamos na época das compotas!!!!
E eu tenho uma amiga que tem um jeitinho especial para a cozinha: em
particular os doces! Digamos antes -- as compotas!


Aqui vai pois uma das suas receitas:

DOCE DE MANGA DA LOENGO

Ingredientes:

- 01 kg de manga (polpa);
- 600 gr de açúcar;
- 03 gr de canela em pau.

MODO DE FAZER:

- Lavar e descascar as mangas;
- Fazer uma polpa
- Misturar todos os ingredientes e levar ao fogo até ficar bem consistente.
- Guardar em frascos hermeticamente fechados

sábado, dezembro 09, 2006




Hoje sem esperar...encontrei um dos meus filmes
preferidos que por sinal, tem também uma linda
música: THE MAMBO KINGS!
Antes de me deitar, vim deixar-lo aqui convosco.

sexta-feira, dezembro 08, 2006



Faz tempo que aqui não venho...o trabalho apertou, e lá ficou este meu cantinho abandonado. Não que me esqueça dele: não!, quantas coisas ao longo dos dias me passam pela mente, desejando vir aqui desabafar...
Hoje por acaso, fui trabalhar mas, não tive clientes -- a época não está famosa no comércio tradicional. Daí que me tivesse debruçado sobre um livro do Gabriel Garcia Márquez que por lá andava abandonado numa das gavetas, para passar o tempo.
Sinceramente, este seu livro: "Memória das minhas putas tristes" -- talvez devido ao título -- nunca me tinha suscitado interesse. É que, para tristezas e ainda por cima...dessas: não me achava atraída.
Enganei-me!
Talvez por ser pequeno, hoje peguei nele e -- curioso -- desde o princípio não mais o larguei!
Falando do personagem ( sinceramente acho que se retrata...), cronista octogenário dominical diz:
<< Nunca fez outra coisa na vida a não ser escrever>>.
Acrescenta porém:
<< ...Mas não tenho vocação nem mérito de narrador, ignoro por completo as leis da composição dramática, e se me meti nisto é porque "confio na luz do muito que li na vida.>>
Tem partes hilariantes, apesar de tudo, pois encerra uma vida de solidão que, apenas aos 90 anos conhece o amor. Solidão esta, vivida num frenesim de lençóis mas...solidão!
Bem, o livro já tem algum tempinho, por isso já devem saber a história...se não, estão a tempo de o fazerem -- é bom e recomendo!
É um passar de vidas, encontros e desencontros. Já bem avançado na estrada da vida, tenta obter o que afinal sempre teve junto de si...
<< Nunca me apaixonei>>
Diz às tantas, dirigindo-se a Damasia -- que sempre viveu junto dele.
Ao que esta lhe responde: << Eu sim. Chorei 22 anos pelo senhor>>.
<< Teríamos sido um par feliz >> -- responde o octogenário.
<< Pois faz mal em dizer-me agora, porque já não me serve nem de consolo. O senhor não vai acreditar mas, continuo a ser virgem, graças a Deus>>.
E é por esta última frase de Damiana, que eu digo que, sempre teve junto a ele o que agora aos 90 anos tanto procurava!
O que mais me comoveu nesta cena foi quando depois desta última deixa, entra em casa e descobre que Damiana tinha deixado jarras com rosas vermelhas por toda a casa e um cartão na almofada: << Desejo-lhe que chegue aos cem >>.
A história não se move em volta de Damiana mas...eu sou realmente uma lírica como alguns amigos me chamam -- por isso senti este assunto muito mais importante do que a procura de amor numa virgem de quinze anos.
Enfim, maneiras de sentir, e de ler também!